Em uma entrevista carregada de história, emoção e propostas visionárias, o empresário e advogado Leonel Amaral, um dos idealizadores da Rondônia Rural Show Internacional, participou do podcast RuralCast e compartilhou os bastidores da criação da maior feira de agronegócio da Região Norte do Brasil. 2l3x44

“A Rondônia Rural Show nasceu de um sonho, mas também de uma necessidade real: transformar as feiras agropecuárias em feiras de negócios e de inserção tecnológica”, destacou Amaral.

Como tudo começou: da “expoboteco” à feira de negócios
Leonel lembrou que, em 2012, durante o governo de Confúcio Moura, atuava como coordenador de projetos estratégicos e foi um dos responsáveis por formatar a proposta da feira que hoje movimenta bilhões em negócios agrícolas.

“Gastávamos milhões em festas agropecuárias, com shows, churrasco e sem resultados concretos. Nosso foco ou a ser tecnologia, conhecimento e autonomia para o produtor rural.”

Inspirado em grandes eventos como o Show Rural Coopavel (PR), a Agrishow (SP) e até experiências internacionais como a Farm Show da Califórnia (EUA) e feiras na China e Itália, Leonel defendeu um modelo voltado ao empreendedorismo rural, o ao crédito e educação técnica no campo.

Uma faculdade rural: o novo desafio
Durante a entrevista, o empresário propôs a criação de uma Faculdade Rural Tecnológica, com modelo de alternância francês – onde o estudante alterna teoria e prática diretamente nas unidades demonstrativas.

“Não basta plantar girassol e milho em vitrines; precisamos ensinar na prática como vacinar, inseminar, industrializar e agregar valor. Uma Rondônia que produz precisa formar seus próprios especialistas”.

A ideia envolve contratos de formação de longo prazo, investimento público em educação agroindustrial e incentivo para que os jovens do campo permaneçam e transformem as propriedades de suas famílias.

Resultados concretos e visão de futuro
Leonel também destacou os avanços conquistados desde a implantação da feira, como a valorização do café rondoniense, hoje entre os cinco melhores do Brasil, e o fortalecimento do setor produtivo com a venda recorde de máquinas e veículos durante os eventos.

“O setor produtivo não precisa de governo para caminhar, mas de incentivo, políticas públicas sólidas e visão de longo prazo. E tudo isso começou com um sonho escrito à mão no meio da madrugada”, emocionou-se.

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